quinta-feira, 7 de julho de 2011

Navegar é preciso. Viver não é preciso.

A primeira vez que ouvi essa frase foi em uma aula de história, quando a professora nos ensinava os acontecimentos dos anos dos grandes descobrimentos. De lá para cá, já ouvi várias definições e explicações sobre esta frase, mas, atualmente, para mim, a frase tomou outro sentido, talvez jamais imaginado por seu autor.

Nesses tempos de conexões ilimitadas, a palavra navegar nos remete à teia, permitindo-nos ler: "navegar (na internet) é preciso. Viver (na vida real) não é preciso".

Acredito não existir termo mais apropriado, pois se antes a navegação era para descobrir novos lugares, na internet, também o é. A grande vantagem atual é, que antes somente os mais experientes e graduados poderiam conduzir seus navios, mas hoje qualquer um consegue desbravar esses mares. Jovens, adultos, adolescentes, idosos e até crianças se aventuram internet a fora.

Alguns descobrem águas profundas e perigosas, se aventuram pelo cabo das tormentas e passeiam por terras além do tratado de tordesilhas.

Outros frequentam terras permitidas, lugares tropicais, abençoados por Deus e bonitos por natureza, mas mesmo nestes lugares pode-se encontrar gente que possui segundas intenções, gente fake, gente que prefere cuidar das crianças, gente que nunca navegou por tranquilas águas do oceano cibernético.

Nos tempos de Colombo, um pai não colocaria o leme de um navio nas mãos de uma criança, porém, hoje, os pais colocam o navio inteiro no quarto da criança e exclamam: "vá, filho, navegue, o mais longe que você puder. Desbrave esses mares!". Se, no passado, o navio poderia vir a naufragar, em nossos dias, quem naufraga é a própria criança.

Fica o alerta: navegar é preciso, mas sei que viver também é preciso. Há tempo para todas as coisas, inclusive para navegar. Por isso, separe na agenda um período do dia e escreva: DESCONECTE!

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